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Geração de Conteúdo

Boas práticas para garantir acessibilidade na produção de conteúdo digital

Para produzir conteúdo digital acessível, a primeira etapa é compreender que tudo o que comunicamos impacta as pessoas; por isso, é fundamental começar pela forma como abordamos nosso público e criar a cultura e o hábito de acessibilidade digital em nossas equipes.

Termos

Sempre utilize o termo "pessoas com deficiência" (PCD) e depois complemente: visual, física, intelectual, múltipla, pessoa surda, pessoa cega, usuária de cadeira de rodas (cadeirante), tetraplégica, paraplégica, pessoa com nanismo, com baixa visão, pessoa autista, disléxica, neurodiversa ou neurodivergente.

Evite termos capacitistas (ex: "portador", "sofre de", "deficiente", "normal").

Prefira termos neutros e respeitosos que não infantilizem ou romantizem a deficiência.

Sempre atualize a terminologia conforme as diretrizes oficiais (ex: ONU, ABNT, MEC, Movimento PcD).

Textos

Usar textos descomplicados e objetivos.

Usar de palavras conhecidas.

Evitar figuras de linguagem e frases com "senso de urgência".

Usar pontuação adequada.

Evitar frases extensas (ideal é ter de 15 a 20 palavras).

Usar preferencialmente a ordem direta nas orações.

Evitar o uso de jargões técnicos ou explicar quando inevitáveis.

Dar preferência a voz ativa e evitar ambiguidade.

Criar títulos e subtítulos explicativos e hierarquizados.

Descrição de Imagens

Identificar o tipo de imagem e personagem (foto, ilustração, mapa, gráfico... e "o que/quem").

Localizar (onde).

Descrever a ação (o que faz, como faz).

Referenciar.

Descrever expressões faciais ou tons emocionais relevantes.

Descrição de Imagens Complexas

Posicionar gráfico, quadrinhos, quadros e outras imagens complexas em um local separado.

Descrição sucinta no texto alternativo.

Oferecer versão textual equivalente da informação visual.

Ícones

Adicionar iconografia.

Adicionar ícone e texto.

Adicionar texto alternativo para ícones clicáveis.

Descrever no texto alternativo, quando necessário usá-lo, a ação da pessoa usuária e para onde será direcionada.

Garantir que os ícones sejam reconhecíveis em escala reduzida.

Mídias de Vídeo

Adicionar descritivo curto para vídeos.

Optar por legendas: Open Caption e Closed Caption para vídeos.

Incluir audiodescrição sincronizada ou alternativa.

Disponibilizar roteiro do vídeo em texto.

Incluir janela de Libras, quando possível.

Autodescrição

Adicionar autodescrição no roteiro dos vídeos.

Apresentar a autodescrição no início, antes da fala principal.

Garantir que a autodescrição seja coerente com o propósito do conteúdo.

Podcasts

Transcrever o conteúdo do episódio.

Incluir além das partes faladas, como sons de fundos, efeitos sonoros, quem está falando etc.

Inserir um avatar na página falada para a interpretação do texto transcrito para Libras.

Considerar também formato de vídeo.

Indicar, quando necessário, pausas, risos ou mudanças de entonação relevantes.

Hashtags e Emojis

Em hashtags, utilize a primeira letra de cada palavra em maiúsculas para que leitores possam identificar palavras corretamente.

Não abusar de emojis, pois nem sempre sua descrição é suficiente para um bom entendimento.

Evitar mensagens compostas apenas por emojis.

Hiperlinks

Descrição de links e botões devem ser compreensíveis de maneira isolada.

Evite links compostos apenas por ícones ou palavras genéricas.

Bibliografia

ABNT NBR 17225:2025, Acessibilidade em conteúdo e aplicações web – Requisitos. Disponível em: https://mwpt.com.br/wp-content/uploads/2025/04/ABNT-NBR-17225-Acessibilidade-Digital.pdf. Acesso em: 03 Jun. 2025.

DINIZ, V.; FERRAZ, R.; NASCIMENTO, C. M.; CREDIDIO, R. Guia de Boas Práticas para Acessibilidade Digital. Programa de Cooperação entre Reino Unido e Brasil em Acesso Digital, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/governodigital/pt-br/acessibilidade-e-usuario/acessibilidade-digital/guiaboaspraaticasparaacessibilidadedigital.pdf. Acesso em: 9 Mai. 2024.