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O Design do Dia a Dia: Os principais pontos

O design do dia a dia é um livro escrito por Donald A. Norman e publicado originalmente em 1988. O objetivo central da obra é ensinar que, ao lidar com objetos do cotidiano, os erros de uso não são culpa do usuário. Quando interagimos com algo pela primeira vez, a forma como aprendemos a usá-lo depende fortemente do design — e é responsabilidade do designer tornar seu funcionamento claro, intuitivo e compreensível. O livro explica e exemplifica:

  • Modelos conceituais

  • Mapeamento natural

  • Feedback

  • Restrições

  • Affordances

Outros tópicos interessantes no livro

  • Como não errar mais o design de uma porta (4.2.1)
  • A criação de design de um game de dungeons & dragons (7.2.1)

Por que ler um livro de 1988?

O autor lembra que a tecnologia muda rapidamente, mas o comportamento humano muda devagar. Portanto, um bom design deve respeitar essas limitações e constâncias da experiência humana.

Por que ler o prefácio de 2002? (incluso no livro)

Vale a pena ler, se você deseja:

  • O que o livro vai te explicar

  • Quem é Donald A. Norman

O prefácio de 2002 é uma excelente introdução ao livro porque o próprio autor, Donald Norman, apresenta com clareza o propósito da obra, quem pode se beneficiar dela e por que sua experiência o torna uma voz relevante no assunto. Ele compartilha sua trajetória como pesquisador e designer, mostrando como os princípios discutidos no livro surgem de casos reais e da convivência direta com falhas de design no cotidiano. É uma forma de contextualizar o leitor e demonstrar a importância prática do que será abordado.

Por que ler o capítulo 1? (A psicopatologia dos objetos no cotidiano)

Vale a pena ler, se você deseja:

  • Entender por que o design no cotidiano é importante

  • Entender os conceitos do livro de forma introdutória

O capítulo 1 é fundamental para entender como o design afeta nosso dia a dia, revelando que muitas falhas que atribuímos a nós mesmos são, na verdade, erros de projeto. Norman mostra como objetos mal desenhados — como portas confusas ou aparelhos sem instruções claras — causam frustração desnecessária, e apresenta conceitos essenciais como visibilidade, affordances, modelos conceituais, mapeamento e feedback. Ao explorar também os desafios enfrentados pelos designers e o paradoxo da tecnologia, o capítulo convida o leitor a observar o mundo com um olhar mais crítico e a perceber que um bom design pode transformar a experiência cotidiana.

Por que ler o capítulo 2? (A psicologia das ações do cotidiano)

Vale a pena ler, se você deseja:

  • Entender a fundo o que são modelos conceituais

  • Entender a fundo o que são mapeamento natural

  • Entender os sete estágios da ação

  • Entender lacuna de execução e avaliação

O capítulo 2 aprofunda a compreensão de como as pessoas pensam e agem no cotidiano, destacando que erros comuns muitas vezes decorrem de concepções erradas, modelos mentais falhos e sistemas mal projetados. Norman mostra como tendemos a culpar a nós mesmos por falhas que são, na verdade, induzidas pelo design, e introduz conceitos como o desamparo aprendido e os sete estágios da ação. Ao explorar as lacunas entre intenção e execução, o capítulo oferece uma base psicológica valiosa para criar produtos mais intuitivos, empáticos e eficazes.

Por que ler o capítulo 3? (Conhecimento na cabeça e no mundo)

Vale a pena ler, se você deseja:

  • Entender como funciona a estrutura de memória

  • Entender como funciona o conehcimento do mundo e da mente

O capítulo 3 é essencial para entender como as pessoas armazenam e acessam informações: algumas ficam na cabeça (memória) e outras estão no mundo (ambiente). Donald Norman mostra que bons designs ajudam a reduzir a carga da memória ao distribuir inteligentemente pistas no próprio objeto ou ambiente. Ele também explica como restrições, padrões culturais e mapeamentos naturais facilitam a compreensão e execução de tarefas. Esse capítulo ensina que, ao considerar os limites da memória humana, podemos projetar sistemas mais intuitivos e eficientes.

Por que ler o capítulo 4? (Saber o que fazer)

Vale a pena ler, se você deseja:

  • Entender como funciona restrições

  • Entender como funciona visibilidade e feedback

O capítulo 4 é fundamental para compreender como as pessoas decidem o que fazer ao interagir com objetos. Donald Norman mostra que restrições — físicas, semânticas, culturais e lógicas — e affordances orientam nossas ações, tornando o uso intuitivo. Ele também aborda como problemas comuns, como portas confusas ou interruptores mal organizados, são resultado de falhas no design. O capítulo reforça a importância da visibilidade e do feedback imediato, além de mostrar que som e sinalização visual podem ser aliados poderosos para tornar as funções compreensíveis. É leitura essencial para quem quer projetar objetos fáceis de usar.

Por que ler o capítulo 5? (Errar é o humano)

Vale a pena ler, se você deseja:

  • Entender por que o erro é humano
  • Rastrear os tipos de erro

O capítulo 5 é essencial porque reconhece uma verdade universal: errar é humano. Donald Norman explora os diferentes tipos de erros que cometemos no dia a dia — como lapsos, enganos e falhas de raciocínio — e mostra que muitos deles não ocorrem por incompetência, mas por limitações naturais da mente humana e do ambiente. O capítulo apresenta formas de identificar e compreender esses erros, discute como a estrutura das tarefas influencia o comportamento e defende que um bom design deve prever falhas e oferecer caminhos para corrigi-las. É leitura indispensável para quem quer projetar sistemas mais tolerantes, seguros e humanos.

Por que ler o capítulo 6? (O desafio do design)

Vale a pena ler, se você deseja:

  • Entender por que o design é difícil de fazer

  • Por que os erros de design acontece

O capítulo 6 é fundamental para entender os desafios reais enfrentados no processo de design. Ele mostra como boas ideias podem ser distorcidas por pressões de mercado, escolhas estéticas mal direcionadas, ou pela desconexão entre designers, usuários e clientes. Através de estudos de caso — como o da máquina de escrever e da torneira — Donald Norman ilustra como a evolução do design é influenciada por forças sociais, técnicas e comerciais. Além disso, o capítulo alerta para armadilhas como o excesso de funcionalidades (creeping featurism) e a busca por aparências enganosas, destacando que até sistemas de computador sofrem com decisões mal pensadas. Ler esse capítulo ajuda a reconhecer que um bom design exige equilíbrio, empatia e pensamento crítico constante.

Por que ler o capítulo 7? (O design dentrado no usuário)

Vale a pena ler, se você deseja:

  • Entender como aplicar na prática
  • Entender principais orientações para aplicar design

O capítulo 7 encerra o livro com um foco direto no design centrado no usuário, oferecendo princípios práticos para transformar tarefas complexas em experiências simples e intuitivas. Ele apresenta sete diretrizes essenciais — como tornar as coisas visíveis, fazer mapeamentos corretos, projetar para o erro e saber quando padronizar — que ajudam designers a criar produtos mais acessíveis, eficientes e humanos. Além disso, o capítulo discute como o design impacta a sociedade, desde a escrita até o cotidiano doméstico, e alerta para armadilhas como a ilusão de simplicidade. Ler este capítulo é fundamental para quem deseja aplicar o conhecimento do livro na prática, com consciência social e foco real nas necessidades das pessoas.